Peri-CASAN
Universidade envolvida: Universidade Federal de Santa Catarina.
Parceiros: CASAN, FLORAM e FEESC.
Financiamento: Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN).
Atualmente grande parte dos moradores de Florianópolis consomem água proveniente da Lagoa do Peri, e devido aos riscos eminentes de uma eutrofização, a preservação deste ecossistema é de urgência local. O aumento de matéria orgânica na água devido às perturbações antropogênicas leva à ocorrência de florações de cianobactérias mais frequentes e imprevisíveis. Aliado a este fato, está o fenômeno das mudanças climáticas, que contribui para o agravamento destas florações algais, uma vez que é previsto um aumento da temperatura — vantagem competitiva para algumas cianobactérias que produzem cianotoxinas — e de fenômenos extremos de precipitação (que levam ao aumento de transportes de nutrientes) seguidos de longos períodos de estiagem (que levam a concentração e consequente aumento de nutrientes) nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Florações tóxicas de cianobactérias em mananciais para abastecimento humano vem se tornando um grave problema global para a saúde humana e ambiental, especialmente em ecossistemas tropicais e subtropicais. Ainda assim, existe uma grande lacuna na comunidade técnico-científica nacional e internacional quanto à compreensão dos vários fatores ambientais que ocasionam as florações, assim como na predição de sua ocorrência. Diante disto, a Companhia Catarinense de Água e Saneamento juntamente com pesquisadores da do Laboratório de Ecologia de Águas Continentais (LIMNOS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão desenvolvendo um estudo que consiste em entender como fatores relacionados às mudanças ambientais, tais como eventos climáticos extremos (secas prolongadas, frio ou calor extremos) e mudanças no uso da terra (pastagens, agricultura, urbanização) influenciam na qualidade da água, na composição da comunidade fitoplanctônica e no floramento de cianobactérias na Lagoa do Peri, uma lagoa costeira localizada no Sul do Brasil. Os estudos em longo prazo dos indicadores dessas mudanças contribuirão para a proposição de modelos preditivos visando a mitigação de eventos de floração de espécies potencialmente tóxicas ao abastecimento de água. Em adição, o conhecimento destes indicadores aplicados em oficinas participativas associadas a ciência cidadã e a Educomunicação contribuirão para a conscientização da comunidade sobre as principais causas das modificações da qualidade das águas, promovendo mudanças para o desenvolvimento de uma nova postura voltada para os desafios ambientais vivenciados pela sociedade.
Padrões de comunidade e estrutura de teias alimentares em sistemas de água doce temperados e subtropicais com diferentes estados tróficos
Universidades Envolvidas: Roehampton University e Universidade Federal de Santa Catarina
Parceiros: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina
Descrição: Projeto aprovado pelo edital Fundo Newton (RCUK-CONFAP Research Partnerships Call) de parceria entre a UFSC com pesquisadores da Universidade de Roehampton (Inglaterra). O objetivo de longa duração é comparar sistemas de água doce em regiões temperadas e subtropicais ao longo de um gradiente de concentrações de nutrientes, estrutura de comunidades (principalmente presença de cianobactérias) e acompanhar estas informações ao longo do tempo (mudanças climáticas e os efeitos nos lagos). Certamente este banco de dados que será formado irá ajudar a entender o funcionamento de lagos e principalmente os efeitos de alterações no clima sobre a qualidade da água.
Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina
Ciclagem de Carbono em Lagos (COCLAKE)
Universidades envolvidas: Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade de Aarhus